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Segunda Tela em pauta na PUC-RIO.

Marco Aurélio, sócio-fundador da Go2web, fala sobre segunda tela para alunos da PUC-RIO.


Segunda Tela





Marco Aurélio


A convite do professor da PUC-Rio Antônio Jorge Alaby Pinheiro, o sócio-fundador da Go2web Marco Aurélio Freitas esteve na última sexta-feira na universidade para conversar com alunos sobre Segunda Tela.

Na aula, foi mostrado o conceito de second screen, as aplicações em publicidade, jornalismo e até cinema (acredite, já tem filmes onde o publico interage com os smartphones e tablets!) e o case da escola de samba Estação Primeira de Mangueira.

Neste post, vamos destacar alguns pontos interessantes do bate-papo entre Marco Aurélio, Antônio Jorge e os alunos de Comunicação Social da PUC.



Antonio Jorge



1) Conceito que vai além do ferramental...

É sabido que o termo segunda tela refere-se a um dispositivo eletrônico adicional (smartphone, tablet ou computador) que permite ao usuário interagir com o conteúdo que está consumindo em um dispositivo eletrônico principal (televisão, rádio, cinema).

A segunda tela é uma plataforma estratégica para dar vazão a valores como sentimento de pertencimento e participação, além das serventias mais pragmáticas, como obter informações a respeito dos horários de transmissão ou tirar dúvidas sobre o que é exibido na tela da TV.

Algo que foi destacado por Marco Aurélio é o fato de a lógica da segunda tela ser da convergência, e não da competição com a primeira. Ao contrário: um estudo aponta que a segunda tela faz com que o telespectador se envolva e preste mais atenção ao conteúdo exibido na televisão.

Para Marco, "é fundamental olhar além do ferramental. Quando uma nova tecnologia surge, é preciso enxergá-la não como mais um aparelho, mas como um ambiente de comunicação, relacionamento e business". Mais uma tela significa: mais recursos, linguagens, formatos, aplicações e principalmente mais formas de contar histórias.


Segunda tela



2) A segunda tela só é um fenômeno por causa do boom do mobile

O fenômeno da segunda tela só foi possível graças a números impactantes: cinco bilhões de usuários de telefone móvel no mundo, 465 milhões de smartphones Android vendidos em 2012, um terço dos norte-americanos portando um tablet... O boom do mobile é uma realidade, e cresce em progressão geométrica, em especial no Nordeste e no Norte do país.

3) Consumir informação em múltiplas telas não é novidade...

Já tem tempo que o pessoal, assistindo a novela ou ao Big Brother, lança suas impressões e comentários no Twitter. Desde os tempos de Orkut que um flamenguista brinca com o amigo vascaíno quando este fica de vice no campeonato. Então, qual a novidade da segunda tela?

A novidade que agora as emissoras estão estimulando este tipo de interação, pedindo o uso de hastags nos comentários, por exemplo. Os programas The Voice Brasil e Superstar ilustram os esforços das emissoras em aproveitar este telespectador que está com um olho na TV e outro no smartphone.

4) Nasce aí a chamada TV Social

Expressão cunhada no Media Lab do MIT, está relacionada à interação entre os espectadores - entre si e com o programa - por meio da tecnologia. O telespectador deixa de assistir aos programas "sozinho" para fazer parte de uma experiência coletiva denominada "coviewing".

5) Alguns exemplos que ilustram o que não se deve fazer...

No caso apenas repetir o que está na TV na tela de um celular, ou seja, oferecer um conteúdo plus, algo que acrescente e expanda a experiência do usuário.


Aplicativo de segunda tela da TV Globo



6) ...E do que dá certo

Os aplicativos mais comuns com premissas de segunda tela para programas de televisão são pautados no serviço de "check-in" da atração que a pessoa está assistindo (Miso, Philo, GetGlue e IntoNow). No Brasil, o mais famoso é o www.tvsquare.com.br.

Marco Aurélio também lembrou do uso da segunda tela em eventos como Oscar, SuperBowl, NBA e até no nascimento do bebê real britânico.

E se no mundo da TV e do entretenimento é mais fácil pensar em segunda tela, Marco também deu exemplo da utilização destes aplicativos em duas áreas mais delicadas: do jornalismo e do cinema.

No primeiro caso, ele admite certa timidez: "O que vemos mais são iniciativas de âncoras como William Bonner que estimulam comentários sobre o Jornal por meio de enquetes sobre qual gravata deve usuar até a postagem de teaser de reportagem", exemplifica.

Já no cinema, em um relançamento da Disney, o filme "A Pequena Sereia", de 1989, quem levar um iPad poderá baixar um aplicativo para interagir com a história, encontrar tesouros escondidos e até jogar. A segunda tela deve atrair mais pessoas para os cinemas e tornar a experiência da exibição do filme na telona "mais divertida". Para anunciantes, agências, emissoras de TV e estúdios, a experiência da Disney com "A Pequena Sereia" mostra que as possibilidades de uso da segunda tela são infinitas estão apenas começando. Há espaço para diversas experiências e modelos de negócio em conjunto ou separado das demais plataformas como OTT, TV aberta ou TV paga e Blu-ray.

Para quem não acredita que o uso da segunda tela em salas de cinema, conhecidas por proibir o uso de telefones celular, seja possível, vale a pena assistir ao vídeo:



7) Case da Mangueira


Aplicativo de segunda tela da Mangueira



Foi no carnaval deste ano que a Go2web ofereceu a Estação Primeira de Mangueira um aplicativo de segunda tela, em que os fãs da escola que assistiam ao desfile pela televisão ou na Sapucaí, interagiam enviando notas e fotos, mas principalmente comentavam a passagem da Mangueira em um chat. Ali, uma equipe da Go2web também postava informações extras sobre o enredo, carros alegóricos, comissão de frente e personalidades que desfilaram na verde-rosa, uma das mais tradicionais do Rio.

O aplicativo rendeu matérias na Veja, Rádio Transamérica e uma reportagem na segunda edição do RJ-TV, da Globo.

Clique aqui para assistir a matéria

Marcos Freitas

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